Famosos mineiros falam sobre derrota nas eleições 2014
Alguns candidatos conhecidos do grande público mineiro não conseguiram ocupar um cargo público, eleito pelo povo, no domingo (5). Nesta segunda-feira (6), o G1 conseguiu falar com alguns deles. Foi o caso do humorista Geraldo Magela – O Ceguinho (PSB) que se candidatou a deputado federal. Ele teve pouco mais de 18 mil votos e não vai ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Ele disse que, mesmo não se elegendo, se sente vitorioso porque trabalhou com uma equipe reduzida e teve um gasto mínimo. De acordo com Magela, a campanha foi feita, em sua maioria, no corpo a corpo. “Não me envolvi com empresários, não aceitei doação”, explicou.
O artista falou que continua normalmente com a rotina de shows e que tem agenda prevista, por exemplo, em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro e nos Estados Unidos. “Mesmo se eu tivesse ganhado as eleições eu não deixaria de fazer os meus shows”.
Para daqui a dois anos, o humorista estuda a possibilidade de se candidatar para vereador, em Belo Horizonte, já que teve uma primeira experiência de candidatura. Atualmente, o artista não possui contrato de trabalho com nenhuma emissora de TV.
Já o ex-jogador Raul Plassmann (PSC), que foi goleiro do Cruzeiro e da Seleção Brasileira, disse que continua trabalhando como coordenador técnico da base do Cruzeiro e que se candidatou a uma vaga na Câmara dos Deputados porque tem em mente um projeto voltado para os meninos que querem jogar futebol profissionalmente.
Segundo Plassmann, o Brasil todo quer jogar bola, realidade que ele vive no dia a dia. “Somente no Cruzeiro são 18 mil meninos, por ano. Convivo com 200 deles”.
Se fosse eleito como deputado federal, Plassmann tinha como ideia um projeto que obrigaria que o primeiro contrato fosse assinado quando o adolescente fizesse 16 anos, além de ter cursado pelo menos o ensino fundamental.
“Muitos não procuram aprender. Em primeiro lugar tem que ser a aula e, em segundo, o campo. Educação é o caminho certo, futebol é caminho incerto”. E completou: “eu tenho 70 anos, não ia brincar de ser deputado. Já sou bem-sucedido na minha carreira profissional”.
Plassmann teve 9.082 votos e disse ter ficado surpreendido com a quantidade inexpressiva. “Fiquei decepcionado. Lamento não ter essa ferramenta [o mandato] na mão para fazer a minha parte”.
O ex-jogador do Atlético-MG e do Corinthians, Marques Batista de Abreu, mais conhecido como Marques (PTB), estava concorrendo à reeleição na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Mesmo não se mantendo na ALMG, o ex-atleta vê o acontecimento com naturalidade. “É vida que segue. No processo político pode-se ganhar ou perder. Faz parte do processo democrático. Não tem o que lamentar, tenho que agradecer aos quase 40 mil votos. Quero agradecer o reconhecimento das pessoas que votaram em mim”.
Marques falou que quer finalizar o mandato no fim do ano e que quer terminar o que começou há quase quatro anos.
Outros famosos não conseguiram se eleger. O G1 tentou falar com o presidente do Cruzeiro, Gilvan Pinho Tavares (PTB) que concorria a uma vaga na ALMG; com o ex-jogador de vôlei Giovane Gavio (PSDB); e com o cover do Ronaldinho Gaúcho, José Robson Batista de Oliveira (PTdoB), mas não conseguiu contato.