Depois de lutar no Vietnã, o soldado John Rambo já havia ido ao Oriente Médio. Os inimigos de então eram os soviéticos, mas agora são os terroristas do Estado Islâmico.
Sylvester Stallone está pronto para combater o Estado Islâmico no próximo e último filme da franquia "Rambo". O quinto longa sobre o perturbado veterano da Guerra do Vietnã John Rambo terá como enredo sua luta contra o "terrorismo global" no Oriente Médio.
De acordo com o próprio Stallone, que está escrevendo o roteiro e vai repetir seu papel como Rambo, sua equipe de produção já está pesquisando locações próximas às áreas de influência do EI na Síria e no Iraque.
O ator de 68 anos fez essas revelações durante uma aparição surpresa na San Diego Comic-Com enquanto promovia a sequência da série Rocky. "Estamos trabalhando nisso agora, na verdade", disse Stallone. "Temos equipes investigando no Iraque e em partes da Síria onde o EI tem seus maiores redutos. Estamos trabalhando com os moradores de lá para ajudar a entregar a mais intensa e realista experiência dos filmes 'Rambo'", respondeu quando perguntado por um fã sobre "Rambo 5", que já tem o nome de "Rambo: Last Blood".
Passado e presente
Esta não é a primeira vez que o ex-soldado das forças especiais do exército dos EUA voa para lutar no Oriente Médio. No terceiro filme da série, lançado em 1988, John Rambo parte em uma missão solo para o Afeganistão para resgatar seu antigo comandante do Vietnã, o coronel Trautmann (Richard Crenna).
Parte da crítica já considera o filme atual como uma sequência não-intencional do terceiro, já que naquela época Rambo foi ajudado por rebeldes afegãos a combater os soviéticos – rebeldes que teriam, depois da influência dos Estados Unidos, ganhado conhecimento militar e poder para se tornarem terroristas.
Até 2001, o filme acabava com a dedicatória: "Este filme é dedicado aos bravos combatentes Mujhahideen do Afeganistão". Mas depois dos ataques de 11 de setembro e a subsequente guerra no Afeganistão, na qual muitos combatentes Mujhahideen aliaram-se à Al-Qaeda, a dedicatória foi mudada para "ao povo valente do Afeganistão"